Nóis sabe português - Nóis sabe português - NSP-T02P06 - Entrevista com o Poeta Raul Coutinho – NSP-T02P06

Nesta entrevista, Raul Coutinho falará sobre o autor independente, a leitura, a escrita e a necessidade de valorização do escritor nacional. Raul Coutinho sempre gostou de ler. O gosto pela leitura o inspirou a escrever. A escrita o motivou a publicar livros. Ele se tornou um autor independente. Acredita que esta modalidade dá oportunidade a muitos autores que não conseguem publicar por editoras tradicionais, que ainda priorizam escritores nacionais renomados, ou estrangeiros. O livro Banquete, com vários sonetos, foi publicado desta forma.

Nesta entrevista, Raul Coutinho falará sobre o autor independente, a leitura, a escrita e a necessidade de valorização do escritor nacional. Raul Coutinho sempre gostou de ler. O gosto pela leitura o inspirou a escrever. A escrita o motivou a publicar livros. Ele se tornou um autor independente. Acredita que esta modalidade dá oportunidade a muitos autores que não conseguem publicar por editoras tradicionais, que ainda priorizam escritores nacionais renomados, ou estrangeiros. O livro Banquete, com vários sonetos, foi publicado desta forma. Os temas variados surgiram para dar a ideia do banquete. O poeta destaca em sua entrevista a necessidade de valorização do escritor nacional que, além de lançar seus livros de forma independente, participa de eventos, de palestras etc., para a divulgação de seu nome e venda de seus livros, sem nenhum apoio financeiro ou cultural, enquanto o autor que vem de fora do país, ou o nacional renomado, recebe para estar, às vezes, nos mesmos eventos. A bienal do livro é um exemplo que pode caracterizar bem esta desigualdade. O escritor estrangeiro, além da imensa divulgação de todas as mídias, recebe para estar lá. Os leitores fazem filas quilométricas para comprar o livro de um autor estrangeiro. Muitos nem passam nos estandes de escritores nacionais. O autor nacional, que já tem um nome conhecido no mercado, encontra uma situação mais confortável, pois as editoras fazem o processo de divulgação, da obra e do autor, a parte de vendas e contratação para eventos. Apesar de todas estas dificuldades, Raul Coutinho, que sempre foi amante da literatura, continuará a exercer a função de “operário das letras”, conforme definição do amigo Marcelo Smeets, também escritor. Para Raul, há a necessidade de se desconstruir a ideia de que a família e a escola são as únicas responsáveis pela formação de leitores e escritores. É preciso delegar esta atribuição ao Estado também, que pode começar ampliando o número de eventos públicos destinados à literatura, como acontece com a música, a dança, o teatro etc. Os eventos literários são organizados, quase sempre, por grupos de escritores que se mobilizam para esta finalidade. Em relação à escrita, ele entende que, da mesma forma, ainda há um longo caminho a ser percorrido para a formação, ou melhor, para o despertar de novos escritores. Ele deixa algumas dicas para aqueles que pretendem se lançar neste mundo mágico: – desmistificar o escritor como alguém inacessível, diferente, e fazer o aluno, ou quem queira ser escritor, sentir-se no lugar de um escritor. E apropriar-se das palavras de José Saramago: “somos todos escritores, só que alguns escrevem e outros não”. – ler muito, ler de tudo, e praticar a escrita, sem se preocupar, no momento em que se coloca a ideia no papel, ou na tela, com a gramática. Parar para pensar como se escreve determinada palavra, ou com a pontuação, interrompe a ideia. A gramática é a ferramenta de trabalho de um escritor, mas deve ser usada somente quando o texto já estiver pronto. – E não se preocupar com as críticas. O importante é seguir em frente, não desistir do sonho de ver um livro publicado, ainda que de forma independente. Raul aprendeu com Marcelino Freire que, antigamente, quando se publicava um livro pela Editora Olympio, automaticamente, os livros destes escritores viravam clássicos. Depois, quando surgiram os críticos literários, tudo que era comentado por Antônio Cândido virava clássico. Mais adiante, com o surgimento das grandes editoras, tudo que era publicado pela Companhia das Letras se tornava clássico. Mas ele acredita que nos dias atuais, com a possibilidade de publicação independente, o autor tem a chance de se tornar clássico, dentro das suas possibilidades.

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O "Nóis Sabe Português" da TV Humana, criado por Cida e Sergio Simka, simplifica o aprendizado da Língua Portuguesa com um método divertido e informativo. Cida, licenciada em Letras e autora, e Sergio, com pós-doutorado em Língua Portuguesa, combinam dicas de gramática e produção textual com entrevistas e segmentos humorísticos. Eles promovem a leitura e a escrita, essenciais para a comunicação eficaz, tornando o programa ideal para quem quer aprimorar suas habilidades no idioma e aspira à escrita.

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